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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

MATERIALISMO HISTÓRICO, O QUE É?


Compreende-se por materialismo histórico a interpretação do desenvolvimento humano a partir de relações de produção e do trabalho. Essa teoria foi criada pelos filósofos Karl Mark e F. Engels durante o século XIX.

Críticos da dialética hegeliana, Marx e Engels passam a afirmar que o “motor” da história não são as ideias em sim, mas o conjunto de relações de produção baseados na força de trabalho humano, meios de produção e modos de produção. Para Marx e Engels, a forma como é realizada a produção numa determinada sociedade é que vai refletir nas ideias de um povo. Ou seja, concepções religiosas, Estado, família, direito, filosofia nada mais é do que um reflexo do modo de produção dominante.

Por exemplo, na idade antiga, principalmente no Egito e Mesopotâmia, predominava o modo de produção asiático onde o Estado tinha a posse dos meios de produção e a base do trabalho era composta pela servidão coletiva baseada em camponeses. Daí, no caso do Egito, a religião seria um reflexo dessas relações de produção, pois ideologicamente o Faraó era um deus a que todos deveriam servir.

Na antiguidade clássica, Grécia e Roma, predominou o modo de produção escravista caracterizado pela posse particular dos meios de produção e pela escravidão individual. Contudo, as leis garantiam tal processo, que em alguns casos chamava-se, no campo político de democracia. 

Porém, Marx e Engels afirmavam que tudo que é sólido desmancha no ar. Assim, as relações de produção não duram para sempre. Marx assegura que quando as relações de produção entram em contradição, o modo de produção tende a entrar em crise. Logo, as instituições que predominavam começam a ruir. Isso é percebível na crise da escravidão romana como também na crise feudal. 

A partir dessa análise histórica, Marx e Engels passam a observar o capitalismo que é um modo de produção constituído pelos meios de produção concentrados na burguesia enquanto que o trabalho é desenvolvido pelos proletários. Essa contradição, numa fase mais avançado do capital, levaria a sua crise, destruindo as relações de classe e instituições presentes.

Abraços,

Rodrigo A.

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